«Os
austríacos gostam de valsa; já a maior parte dos brasileiros gosta de samba. Em
relação ao desporto, os canadianos, por exemplo, preferem o hóquei no gelo, ao
passo que muitos portugueses apreciam o hóquei em patins. A verdade é que cada
povo tem tendência a apreciar mais o que faz parte da sua cultura. Contudo,
o hóquei em patins é mais bonito do que o hóquei no gelo.»
No
texto anterior é expresso, de forma inequívoca, um único juízo de valor.
Identifique-o e justifique a identificação feita.
2015
2ª fase
Identifique
o par de termos que permite completar adequadamente a afirmação seguinte.
Os
juízos de facto são essencialmente _______, distinguindo-se dos juízos de
valor, que são essencialmente_______.
(A)
descritivos … normativos
(B)
objetivos … subjetivos
(C)
verdadeiros … relativos
(D)
concretos … abstractos
2014
2ª fase
Considere
as seguintes afirmações.
1.
Os juízos de valor são apenas uma questão de gosto pessoal.
2.
Em matéria de valores, todas as opiniões são erradas.
3.
Os juízos de valor dependem dos contextos sociais.
Acerca
dos valores, os relativistas consideram que
(A) 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(B)
1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(C)
3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.
(D)
1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
2015
1ª fase
Considere
as afirmações seguintes.
1.
Ocorrem acidentes de viação por excesso de velocidade.
2.
É errado não reduzir os limites legais de velocidade.
É
aceitável defender que,
(A)
em 1, é formulado um juízo de valor que pode justificar o juízo de facto formulado
em 2.
(B)
em 2, é formulado um juízo de valor que explica o juízo de facto formulado em
1.
(C)
em 2, é formulado um juízo de facto que explica o juízo de valor formulado em
1.
(D)
em 1, é formulado um juízo de facto que pode justificar o juízo de valor
formulado em 2.
A
liberdade religiosa é a liberdade de cada um praticar a religião que é do seu
agrado, ou de não praticar qualquer religião. Se
a liberdade religiosa for um valor objetivo, então
(A)
a liberdade religiosa é mais importante do que os outros valores.
(B)
deve haver liberdade religiosa.
(C)
a liberdade religiosa é um elemento central de muitas culturas.
(D)
todos defendem a liberdade religiosa.
Os
relativistas acerca dos valores defendem que
(A)
a correção dos juízos de valor depende da cultura e, assim, o que é correto
numa cultura pode não o ser noutra.
(B)
todos os valores são relativos e, por isso, nenhum juízo de valor é correto ou
incorreto.
(C)
nenhuma cultura tem valores coincidentes com os valores de outra cultura.
(D)
a correção dos juízos de valor depende inteiramente do que é aprovado nas
sociedades mais evoluídas.
2015
2ª fase
Para
um relativista, a liberdade de expressão será um valor
(A)
se gozar de aprovação social.
(B)
se for uma preferência informada.
(C)
se tiver uma justificação objetiva.
(D)
se resultar de uma escolha imparcial.
2013
1ª fase
Segundo
o relativismo cultural,
(A)
os hábitos e as tradições culturais não devem ser valorizados.
(B) há verdades morais aceites por todos os
povos e culturas.
(C)
os juízos morais dependem das convenções de cada sociedade.
(D)
a moralidade não é uma questão de convenção social.
2013
2ª fase
De
acordo com o relativismo cultural,
(A)
existe um padrão universal para avaliar os costumes.
(B)
os códigos morais são idênticos em todas as culturas.
(C)
os critérios valorativos não variam de cultura para cultura.
(D)
todas as práticas culturais devem ser toleradas.
2012 1ª fase
1. Leia o texto seguinte.
Texto C
Quando uma proposição é
sugerida, por uma outra ou pela situação, há argumentação; há
demonstração quando tudo
quanto faz com que a conclusão se imponha é especificado e torna esta conclusão
necessária. Devemos opor aqui lógica e argumentação. A lógica não autoriza
qualquer ambiguidade, e a univocidade, que é a sua regra, não caracteriza as
situações reais de uso da linguagem. Na argumentação, deixamos aos
interlocutores, logo ao auditório, o cuidado de decidir, e até de tornar
unívocos, os conceitos utilizados. Foi esta equivocidade própria da linguagem
natural a base da má reputação da argumentação, pois, se os termos de uma
mensagem são equívocos, nada impede de jogar com esta pluralidade dos sentidos
e de manipular o assentimento do auditório pelo vago e pelo superficial.
Michel
Meyer, Lógica, Linguagem e Argumentação, Lisboa, Editorial Teorema, 1992
(adaptado)
Na resposta a cada um dos
itens de 1.1. a 1.3., selecione a única opção adequada ao sentido do texto.
Escreva, na folha de
respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.1.
A demonstração envolve
(A)
os valores do interlocutor e do orador.
(B)
a adesão de um auditório limitado e particular.
(C)
uma conclusão verosímil e plausível.
(D)
uma inferência necessária e válida.
1.2.
Na argumentação, a
(A)
tese é demonstrada num contexto comunicacional.
(B)
linguagem natural é partilhada entre o orador e o auditório.
(C)
linguagem natural garante a qualidade dos argumentos.
(D)
tese é imposta pelo orador ao auditório.
1.3.
Numa boa argumentação, a pluralidade de sentidos da linguagem natural
(A)
impede a adaptação do discurso a auditórios diferentes.
(B)
impede a estruturação lógica e racional do discurso.
(C)
exige um esforço contínuo de clarificação de conceitos.
(D)
exige o subjetivismo e a autoridade do orador.
2014 1ª fase
Considere
as afirmações seguintes.
1.
Os valores dependem apenas da educação que se teve.
2.
Os juízos de valor de pessoas diferentes não podem coincidir.
3.
Os valores são uma questão de preferências pessoais.
Acerca
dos valores, os subjetivistas consideram que
(A)
1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.
(B)
1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(C)
1 é falsa; 2 e 3 são verdadeiras.
(D)
1 e 2 são falsas; 3 é verdadeira.
2018 1ª fase
Quando argumentamos acerca
de valores, a tolerância e o respeito pelas diferenças merecem habitualmente
uma atenção especial. Os subjetivistas são sensíveis à tolerância em relação às
preferências individuais; os relativistas, por sua vez, preocupam-se antes com
a tolerância em relação a culturas diferentes; e os objetivistas defendem que a
tolerância deve ter sempre em conta direitos fundamentais e invioláveis de
qualquer ser humano, seja ele qual for.
Que perspetiva acerca dos valores nos oferece
as melhores razões contra a intolerância?
Na sua resposta, deve:
‒ clarificar o problema da
natureza dos valores, subjacente à questão apresentada;
‒ apresentar
inequivocamente a posição que defende;
‒ argumentar a favor da
posição que defende.
2020, 1ª fase, Grupo I
1. A Luísa viajou muito e
notou diferenças significativas, por exemplo, no estatuto das mulheres em
diferentes sociedades. Alguns hábitos, como o de as mulheres apenas poderem
passear acompanhadas, chocaram a Luísa; contudo, pareceu-lhe que muitas dessas
mulheres aceitavam tais hábitos sem reservas. Esta observação foi a razão para
a Luísa concluir que aquilo que é certo ou errado depende de cada cultura.
Perante o relato da Luísa, a Paula recordou que o estatuto das mulheres tinha mudado
muito em Portugal, nas últimas décadas, e afirmou que isso representava um
progresso, pois a sociedade portuguesa abandonara leis e hábitos errados. É
razoável presumir que
(A)
a Luísa é relativista e a Paula é objetivista.
(B)
ambas são subjetivistas.
(C)
ambas são relativistas.
(D)
a Luísa é objetivista e a Paula é subjetivista.
2020, 1ª fase, grupo I
2. Identifique a questão
que envolve o problema da natureza dos juízos morais.
(A)
Será que só os princípios morais importam?
(B)
O juízo de que é correto acolher refugiados exprime uma preferência pessoal?
(C)
Será a escravatura moralmente permissível?
(D) O juízo de que uma certa pessoa é
corajosa é um juízo de valor acerca dessa pessoa?
2021, 1ª fase, grupo I, V1
4. Selecione a afirmação
que é incompatível com a perspetiva relativista acerca dos juízos morais.
(A) Culturas diferentes têm padrões morais
diferentes, havendo culturas com padrões morais errados.
(B) Diferentes grupos culturais, por
vezes, têm os mesmos valores morais.
(C) Agir bem é agir de acordo com os
padrões culturais do grupo a que se pertence.
(D) Há indivíduos que não se ajustam
aos padrões morais da sociedade em que foram educados.
https://www.examesnacionais.com.pt/exames-nacionais/11ano/2021-1fase/Filosofia-Criterios.pdf
20-21 2ª fase V1
11. Leia o texto seguinte, no qual o autor refere uma posição acerca do problema da natureza dos juízos
morais.
[…] Temos de evitar a suposição arrogante de que os nossos costumes são «certos» e de
que os costumes dos outros povos são inferiores. Isto significa […] que devemos abster-nos de
fazer juízos morais sobre as outras culturas. Devemos adotar uma política de vive e deixa viver.
J. Rachels, Problemas da Filosofia, Lisboa, Gradiva, 2009, p. 238.
Há quem considere que a posição acerca do problema da natureza dos juízos morais referida no texto
envolve uma contradição.
Explique essa contradição.
Na sua resposta, comece por identificar a tese acerca do problema da natureza dos juízos morais referida
no texto.
Critérios: https://iave.pt/wp-content/uploads/2021/09/EX-Fil714-F2-2021-CC-VT_net.pdf
1.ª fase 2023-2024
7. Imagine que algumas pessoas, simplesmente porque são mulheres, têm grandes dificuldades em aceder
a cargos e funções para os quais são competentes.
Um objetivista moral diria que tal prática é reprovável, porque
(A) a discriminação das mulheres é errada.
(B) contraria os nossos sentimentos pessoais.
(C) a maioria dos membros da sociedade a reprova.
(D) contraria os nossos padrões culturais.
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