sexta-feira, 11 de novembro de 2016
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Ethos, Pathos e Logos. Um caso prático
O Ethos, Pathos e Logos são apresentados como três elementos fundamentais do discurso persuasivo. Não se mostram de modo igualitário mas revelam diferentes entoações de acordo com as tendências políticas. Este vídeo de Hitler mostra bem a marca propagandista de uma ideologia extrema. Neste contexto, qualquer que seja o lugar desse extremo no espetro político, os meios são basicamente os mesmos.
Goebbels, principal responsável pela comunicação do partido, faz a introdução com um intuito muito próprio: o de conglomerar as vontades, elegendo inimigo o comum. Prepara o espetador, impulsiona uma vontade comum, fomenta um Pathos tendo em vista a entrada esperado pelo meio da multidão do macho alfa. Com uma passada assertiva e uma linguagem corporal convicta, Hitler acelera o seu passo para se aproximar do púlpito onde fará o seu discurso.
O logos parece evidente. Começando por mostrar uma postura de espera pelo silêncio - ethos - (apesar do seu óbvio nervosismo e fragilidade), depressa vai ao encontro daquilo que o apoquenta. A derrota e a assinatura do armistício em 1918 funciona como o leit motiv da sequência lógica do seu argumento. A ideia funciona. Face a uma plateia atenta, a sua voz tende a ser progressivamente mais forte acompanhando a situação cada vez mais negra da situação alemã. Não é por acaso que, ao inumerar o desemprego, o faça de modo teatral, construindo uma espécie de bola de neve. O Pathos está ao rubro fomentado por um Logos bem estruturado e simplista. A culminação do seu discurso está na elevação da sua pessoa como aquele de quem depende a salvação. A conclusão do Logos está na afirmação do Ethos. «A minha luta» é transformada na «nossa luta». Quer mostrar-se um homem comprometido com o seu povo, um homem que soube esperar, um homem que necessita de 4 anos para transformar. É a definição total do Ethos numa autoglorificação que promove uma reação emotiva de Goebbels e o consequente Pathos da plateia.
Qualquer semelhança com a atualidade é mera coincidência.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Os Graus de Falsificabilidade
Um dos assuntos mais complexos e simultaneamente mais controversos em Popper é o grau de falsificabilidade. Existem proposições que são mais falsificáveis do que outras, assim como teorias. Este tema pode ser conjugado com a questão do progresso científico. De um modo geral, Popper considera que existe progresso científica caso as novas teorias suscitem problemas que anteriormente não haviam sido considerados. Por outras palavras, o progresso científico consiste na passagem de velhos problemas para novos problemas através de conjeturas e refutações, isto é, a ciência progride caso se encontre teorias com maior probabilidade de ser falsificadas do que aquelas que foram substituídas. O critério de progresso (Conjeturas e Refutações) é então o seguinte: uma teoria com maior conteúdo empírico é aquela potencialmente mais refutável.Como saber que uma teoria é mais falsificável? Quais as que melhor se predispõem a ser refutadas?
Por exemplo:
a) Sábado fará bom tempo.
b) Sexta feira choverá.
Ambas as proposições são falsificáveis em grau semelhante. Da mesma forma, ambas têm o mesmo grau de probabilidade. Contudo, se juntarmos a) e b)
ficaremos com «Sábado fará bom tempo e Sexta feira choverá». Temos então um maior conteúdo empírico comparativamente com as proposições isoladas, mas uma menor probabilidade. Portanto, a razão existente entre a probabilidade e o conteúdo empírico é inversamente proporcional. Quanto > for o conteúdo empírico < é a probabilidade ou, por outras palavras, quanto maior for o conteúdo empírico maior a improbabilidade.
CE de a) < CE de ab > CE de b)
P de a) > P de ab < P de b)
Exemplos:
Entre as afirmações a) Sábado nevará na Serra da Estrela. e b) Sábado, pelas 20 h nevará na Serra da Estrela, a afirmação mais improvável é a b) por isso é a que possui maior informação, ou seja, maior conteúdo empírico. É mais provável que neve quando nos referimos ao dia todo do que a uma hora específica.
Da mesma maneira, entre as frases c) As aves têm asas e d) Os pardais têm asas, a frase com menor probabilidade é a c) por isso, tem > conteúdo empírico e é mais falsificável.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Poder
Será possível definir poder? Wittegenstein traz-nos uma transmutação significativa quanto aos conceitos, entendidos como noções. Quando definimos algum conceito é difícil encontrar pontos de intercepção, apesar de dizermos o conceito. Por outras palavras, dizemos que o criket ou o futebol, a natação ou o xadrez são desportos apesar de se encontrar entre eles aspectos diferenciadores: o carácter competitivo, as noções de perder e ganhar apresentam nuances particulares. Wittegenstein concluiu, então, que o que existe é «uma rede complicada de parecenças que se cruzam e sobrepõem umas às outras. Parecenças de conjunto e de pormenor» (Wittengenstein, Investigações Filosóficas, F.C.G., Lisboa 1997). A forma encontrada para nomear esta ideia foi o termo «família», na medida em que os membros de uma família apresentam particularidades individuais e porque percorre nesse conjunto uma transversalidade de aspectos que determinam o significado, o nome. Consequentemente, quando falamos em Poder não devemos descurar a intercepção de uma multiplicidade de aspectos que se cruzam e promovem uma certa identidade.
Uma particularidade muito presente nos textos bíblicos é a adequação do bem face ao poder. Na leitura da Epístola aos Romanos, S. Paulo evidencia a necessidade de um bom cristão se submeter ao poder. O próprio Santo Agostinho nas Confissões identifica o pecado original com o pecado da desobediência. Obviamente que S.Paulo, além de ter em mente fundamentar uma convivência pacífica com Roma, sabia que Jesus Cristo era o alfa e o ómega, o princípio e o fim (ver Álvaro Pais, Espelho dos Reis); o poder temporal, humano, está ao serviço das vicissitudes pecaminosas do homem, o que não significa que Deus não esteja lá presente, pelo menos mediatamente, por que imediatamente estão os seus representantes, o que, no caso de S. Paulo, se concretizava. Portanto, «submeta-se cada qual às autoridades constituídas. Pois não há autoridade que não tenha sido constituída por Deus e as que existem foram estabelecidas por Ele.» (São Paulo, «Epístola aos Romanos», in Bíblia Sagrada, Verbo Lisboa, 1982, pág. 1291). O horizonte desta postura pode ser encontrado num conceito muito caro à tradição cristã em geral e católica em particular: a Unidade como contraponto à diversidade, esta sim, pode protagonizar a pulverização e o pecado, a divisão e a desordem, o primado da matéria sobre o espírito.
Levi strauss: A escrita e o poder.
Em Tristes Trópicos, Levi Strauss, através da sua epopeia junto dos Nambiquaras apresenta a situação da escrita face à cultura. Numa perspectiva empírica somos levados a considerar a escrita algo como concernente à expansividade intelectual em detrimento do carácter sociológico. Ora, Strauss demonstra a predominância deste face ao intelectualismo. O chefe, aquando da apresentação do lápis e do papel, facilmente depreendeu a utilidade da escrita embora não tenha exercido qualquer intenção significativa. Embora «o seu símbolo fosse utilizado, a realidade continuava estranha» (Levi Strauss, Tristes Trópicos, capítulo XXVII). Facilmente se constatou que a utilização de «traços» por parte do chefe serviu, acima de tudo, para a efectivação do poder. Strauss descreve a cena de tal forma que nos transmite uma imagem do que seria a representação do chefe face à escrita e a consequente admiração de que era alvo pelos seus súbditos. Esta descrição levou Strauss a demonstrar, através de exemplos históricos, a função primordial da escrita: manutenção do poder. Poder-se-ia objectar esta ideia a partir da constatação da importância da escrita no desenvolvimento científico dos séculos XIX e XX. Contudo, Strauss diz que a escrita é condição necessária mas não suficiente (Levi Strauss, op.cit), na medida em que o período com maior desenvolvimento humano – neolítico – não coincidiu com a descoberta da escrita. Desta forma, a escrita sugere um rosto de manifestação imperial e manutenção de territórios. Inclusive, a luta contra o analfabetismo possuiu uma intenção que visava, acima de tudo, o reforço e o controlo do poder. Porquê? Por que «ninguém pode ignorar a lei» (Levi Strauss, op.cit).
A partir da descrição feita do chefe dos Nambiquaras na obra de Levi Strauss, parece claro a existência de uma liderança legitimada pela sua acção: na resolução dos problemas, na antecipação de situações, dinamismo na escolha de itinerários, em suma, o chefe é o que expõe, criando uma identidade grupal. Max Weber define bem este poder: «Probabilidade de impor a vontade a outrem.» (Max Weber, Três Tipos de Poder Legítimo,trad. Artur Mourão, www.lusosofia.net. Pág.3).
O Poder Legal caracteriza-se por uma autoridade possuidora de dois elementos fundamentais:heteronomia e heterocefalia. É resultado de uma vontade exterior ao indivíduo e, por isso, é formal. A regra é o seu leit motiv e o seu ideal é ordenar de acordo com objectivos pré-definidos. O objecto é burocrático, encontrando-se materializado, segundo Weber, nos modernos estados e nas empresas capitalistas (Max weber, op. cit. Pág. 4).
O Poder Tradicional existe para além da legalidade, legitimando-se na tradição dando corpo à máxima «valendo desde sempre» (Max Weber, op.cit , pág. 5). A dominação patriarcal é o seu máximo expoente e possui raízes numa subordinação inevitável face ao poder tradicional. Cria-se, por isso, uma rede de dependências, exercendo o governo por meio da aversão, da emoção, do agrado e, acima de tudo, dos favores pessoais. Weber apresenta dois tipos de poder tradicional: o poder segundo ordens e o poder puramente patriarcal (Weber, op cit, pág. 5 e ss). O primeiro está vinculado à estrutura patriarcal (clã, chefe de família…), é o tipo mais puro do poder tradicional; o segundo representa mais um nível de administração mas cuja servidão lhe está intimamente ligada. A posse é traduzível por este tipo de poder em que os meios de administração são inteiramente desenvolvidos e legitimados pelo senhor, diferenciando-se, por isso, do poder legal pela sua forma intrínseca de deliberação de normas.
Finalmente, o poder carismático vai corresponder com uma ruptura do poder tradicional. Reconhece-se no líder a capacidade para desviar as relações habituais.Caracteriza-se por uma dedicação especial, pelos seus discursos, revelações mágicas, pela postura heróica, a uma pessoa. Os seus tipos mais puros são a autoridade do profeta, o herói guerreiro e o demagogo. Este último é uma invenção dos estados ocidentais contemporâneos; os outros dois correspondem a mecanismos mais ancestrais, embora actualizantes, próprios de uma tradição judaico-cristã. O herói corresponde ao Herzog,ao guerreiro carismático com o seu séquito (Weber, opcit, pág. 10 e ss).
sábado, 2 de janeiro de 2016
Popper. Os mundos, o critério de objetividade e o falsificacionismo.
Karl Popper
Os mundos 1, 2, 3. Falsificacionismo e critério da objetividade.
Inerente à problemática mente-corpo (deslocalizando-se das perspetivas monistas ou dualistas), Popper propõe uma visão
pluralista no que toca à realidade.
Mundo 1: Objetos pertencentes ao
espaço físico: nele se inserem os objetos naturais e os objetos produzidos pelo
homem. Há objetos que pertencem simultaneamente ao mundo 1 e mundo 3. «Tudo o
que se pode pontapear e devolver o pontapé» (p. 117 O Conhecimento e o Problema Mente-Corpo)
Mundo 2: Mundo psicológico,
consciente, corresponde à subjetividade e às respetivas disposições para agir.
Mundo 3: Produtos do espírito
humano. Nele se insere a ciência, os argumentos as teorias e o erro.
Face a esta apresentação, quais as
características da realidade?
1. Visão
pluralista. Rejeição do monismo, no sentido behaviorista, fisicalista ou
material. A existência de qualquer um dos mundos não é exclusiva.
2. As teorias,
próprias do mundo 3, interagem com o mundo , basta pensar nas implicações das
produções humanas, tais como centrais nucleares, arranha-céus ou outros…
3. O mundo 2
existe porque nós temos de compreender uma teoria do mundo 3 antes de a
podermos usar do mundo 1. Compreender é uma questão mental. mutatis mutandis, o mundo 2 necessita do
mundo 1. O cérebro, uma realidade entre outras, produz pensamento. Numa frase
própria de Searle, cérebros (mundo 1) causam mentes (mundo 2).
4. A relativa
autonomia do mundo 3. Existe uma parte constituída por conteúdos de pensamento
objetivos que são independentes e claramente distintos dos processos de
pensamento subjetivos. Por exemplo, existem números naturais (1,2,3,4…) que são
inventados por nós. Mas, se pensarmos nos números pares ou primos já são formas
compreensivas, não são inventados mas descobertos por nós. Os números naturais
são inventados, mas existem consequências involuntárias desse produto do
espírito humano. Descobriu-se que quanto mais se avança na sequência dos
números naturais mais raro se torna a ocorrência de números primos. Esta é uma
propriedade autónoma do mundo 3. (pág. 121, Op.
Cit.)
5. Contudo, a
verdade ou a falsidade dos acontecimentos do mundo 3 depende do mundo 1, do
próprio padrão da realidade, garantindo-se a objetividade da construção humana.
O MUNDO 3
A ciência é uma produção do
espírito humano mas como aplicações normativas o que determina a sua autonomia.
Tal como referimos, o conhecimento objectivo pertence ao mundo 3 mas com sérias
repercussões no mundo 1 (op. Cit. P22)
Definição de ciência: «Supersimplificação sistemática da realidade, isto é, a arte de
discernir aquilo que podemos omitir com vantagem para nós.» p 59 ( Universo Aberto.). É uma realidade
própria do mundo 3 porque resulta de uma interpretação do mundo 2 sobre o mundo
3. Se procurarmos a objectividade, é no mundo 3 que a podemos encontrar. O
conhecimento objectivo possui uma vasta aplicação, vai desde registos, gráficos,
construções, hipóteses, suposições e, acima de tudo, problemas.
1. A
simplificação da descoberta científica consiste na construção de rede por forma
a «apanhar» a realidade. O progresso científico é, pois, a construção de redes
cada vez mais bem adaptadas. Essas redes são da nossa autoria, são racionais e
não são uma representação da realidade.
2. O mundo é
complexo. Ainda que por vezes as teorias revelem alguma simplicidade, não
implica a intrínseca simplicidade do mundo.
3. A função
dessa rede é encontrar problemas a partir do seguinte esquema:
P1(problema
de partida)®TE (teoria experimental)®EE(eliminação de erros)®P2 (problemas finais).
A Verdade
Popper parte da convicção da existência de verdade de forma objetiva e absoluta. No sentido de ultrapassar as tendências subjetivas da verdade (Popper, Conjeturas e Refutações) consideradas nas teorias coerentistas, na teoria da evidência e a teoria pragmática ou instrumentalista, Popper atribui a Tarski uma importância fundamental na definição da verdade. Efetivamente, o lógico polaco coloca a tónica da verdade na estrutura lógica de uma bicondicional: «o mar é líquido» se, e só se, o mar for líquido Assim, a verdade deve ser definida relativamente a uma determinada linguagem e estar de acordo com a condição da não-criatividade (não se pode obter novos teoremas por consequência da definição) e da eliminabilidade (a qualquer momento o definido pode ser substituído pela definição). São estas as condições - e não os critérios - para que uma sentença seja verdadeira. Popper conclui daqui que a verdade existe apesar de não sabermos se algo é verdadeiro. O trabalho do cientista assemelha-se muito a um alpinista (Popper, op.cit), apesar de saber que a verdade está no cume e que para lá caminha, o seu trabalho consiste em encontrar obstáculos passíveis de serem contornados. Aquilo que alcança são verosimilhanças.
Inerente à problemática mente-corpo (deslocalizando-se das perspetivas monistas ou dualistas), Popper propõe uma visão
pluralista no que toca à realidade.
1. Visão
pluralista. Rejeição do monismo, no sentido behaviorista, fisicalista ou
material. A existência de qualquer um dos mundos não é exclusiva.
2. As teorias,
próprias do mundo 3, interagem com o mundo , basta pensar nas implicações das
produções humanas, tais como centrais nucleares, arranha-céus ou outros…
3. O mundo 2
existe porque nós temos de compreender uma teoria do mundo 3 antes de a
podermos usar do mundo 1. Compreender é uma questão mental. mutatis mutandis, o mundo 2 necessita do
mundo 1. O cérebro, uma realidade entre outras, produz pensamento. Numa frase
própria de Searle, cérebros (mundo 1) causam mentes (mundo 2).
4. A relativa
autonomia do mundo 3. Existe uma parte constituída por conteúdos de pensamento
objetivos que são independentes e claramente distintos dos processos de
pensamento subjetivos. Por exemplo, existem números naturais (1,2,3,4…) que são
inventados por nós. Mas, se pensarmos nos números pares ou primos já são formas
compreensivas, não são inventados mas descobertos por nós. Os números naturais
são inventados, mas existem consequências involuntárias desse produto do
espírito humano. Descobriu-se que quanto mais se avança na sequência dos
números naturais mais raro se torna a ocorrência de números primos. Esta é uma
propriedade autónoma do mundo 3. (pág. 121, Op.
Cit.)
5. Contudo, a
verdade ou a falsidade dos acontecimentos do mundo 3 depende do mundo 1, do
próprio padrão da realidade, garantindo-se a objetividade da construção humana.
1. A
simplificação da descoberta científica consiste na construção de rede por forma
a «apanhar» a realidade. O progresso científico é, pois, a construção de redes
cada vez mais bem adaptadas. Essas redes são da nossa autoria, são racionais e
não são uma representação da realidade.
2. O mundo é
complexo. Ainda que por vezes as teorias revelem alguma simplicidade, não
implica a intrínseca simplicidade do mundo.
3. A função
dessa rede é encontrar problemas a partir do seguinte esquema:
A Verdade
Popper parte da convicção da existência de verdade de forma objetiva e absoluta. No sentido de ultrapassar as tendências subjetivas da verdade (Popper, Conjeturas e Refutações) consideradas nas teorias coerentistas, na teoria da evidência e a teoria pragmática ou instrumentalista, Popper atribui a Tarski uma importância fundamental na definição da verdade. Efetivamente, o lógico polaco coloca a tónica da verdade na estrutura lógica de uma bicondicional: «o mar é líquido» se, e só se, o mar for líquido Assim, a verdade deve ser definida relativamente a uma determinada linguagem e estar de acordo com a condição da não-criatividade (não se pode obter novos teoremas por consequência da definição) e da eliminabilidade (a qualquer momento o definido pode ser substituído pela definição). São estas as condições - e não os critérios - para que uma sentença seja verdadeira. Popper conclui daqui que a verdade existe apesar de não sabermos se algo é verdadeiro. O trabalho do cientista assemelha-se muito a um alpinista (Popper, op.cit), apesar de saber que a verdade está no cume e que para lá caminha, o seu trabalho consiste em encontrar obstáculos passíveis de serem contornados. Aquilo que alcança são verosimilhanças.
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