A. Leitura da Introdução e do Capítulo 1 de A estrutura das Revoluções Científicas e explicação do que Kuhn quer dizer com "ciência normal" e "paradigma".
Ciência Normal:
1- Pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas.
2- Institucionalização do paradigma. Reconhecimento por parte da comunidade científica dessas realizações.
Paradigma:
1- Teoria ou conjunto de teorias que formam uma visão do mundo e diz o que é a ciência. Matriz, critério para a escolha de problemas.
Para Kuhn, o termo Paradigma possui vários aspectos, entre os quais:
2- Lógicos: modo como estão organizadas as principais equações e os principais pensamentos. Ex.: para Newton f=m.a, para Einstein e=m.c2.
3- Metafísicos: modo como se concebe a realidade. Para Newton a natureza é um conjunto de partículas sob a acção de forças.
4- Axiológicos: Um paradigma consiste numa interpretação que revela simplicidade e coerência na forma como as teorias resumem a realidade. Aliás, estas características contribuem para a sua aceitabilidade por parte dos cientistas.
5- Aspectos técnicos: O paradigma também reflecte modelos de resolução dos problemas e promulga técnicas e métodos adequados de investigação. Além disso, o paradigma transporta consigo determinados aspectos conceptuais muito próprios. Ex. A teoria da evolução das espécies de Darwin possui uma manta de conceitos muito específicos.
6- Aspectos sociológicos: O paradigma reflecte um acordo consensual por parte da comunidade científica. Para tal, o defensor do paradigma terá de apresentar uma proposta, uma visão do mundo, de forma convincente e persuasiva.
B. No capítulo 2 de A estrutura das revoluções científicas, Kuhn afirma que há "três focos normais para investigação científica dos fatos". Explicar em que consistem esses três focos.
1- Determinação do facto científico. Determinar quais os factos significativos num determinado âmbito paradigmático.
2- Harmonização dos factos com a teoria. Estabelecer a concordância dos factos com a teoria
3- Articulação da teoria. Garantir o rigor, a precisão da teoria.
C. A partir da leitura do cap. 3, Kuhn afirma que nos períodos de ciência normal a prática científica está primariamente voltada para a resolução de quebra-cabeças. Qual osignificado deste afirmação?
1. Quando partimos para a resolução de algum jogo partimos com a convicção que tem uma solução.
2. Testam a engenhosidade dos cientistas.
a) Leis, conceitos e teorias.
b) Instrumentos e métodos de uso.
3. Qualquer quebra-cabeças obedece a regras.
4. Também a ciência quando parte para um problema encara-o como enigma que, à partida tem solução dentro das regras do paradigma.
5. Qualquer problema que não seja explicado pelo paradigma é suspenso até melhor oportunidade.
D. Capítulo 5 de A estrutura das revoluções científicas. As descobertas científicas não são apenas produtos de observações muito precisas. O que envolve a descoberta científica?
1. Anomalia: reconhecimento de que, de alguma forma, a natureza violou as expetativas paradigmáticas que governam a ciência normal.
2. Trabalho do paradigma no sentido da anomalia se converter no esperado.
3. Como exemplifica a nomeação de Priestley ao gás que pretensamente isolou: «óxido nitroso» e «ar desflogistizado»
E. Capítulo 6 de A estrutura das Revoluções Científicas. Explique por que o surgimento de uma nova teoria tipicamente só surge após um fracasso na atividade normal de resolução de problemas.
Ser admiravelmente bem-sucedida não significa ser totalmente bem-sucedida.
1. Fatores internos: Insegurança dos cientistas; fracasso do paradigma em resolver os seus próprios problemas.
2. Factores externos: Pressões socioculturais e religiosas.
F. Capítulo 7 de A estrutura das revoluções científicas. Explicar a diferença entre anomalias e a ideia de incomensurabilidade.
G. Capítulo 8 de A estrutura das revoluções científicas. Explicar por que razão "a escolha entre paradigmas competidores coloca frequentemente questões que não podem ser resolvidas pelos critérios da ciência normal".