sexta-feira, 11 de março de 2011

Thomas Hobbes: Parte I





Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, viveu num período conturbado da história do seu país e da Europa. Se na Europa a Guerra dos 30 anos atingia o seu centro nevrálgico, em Inglaterra as lutas entre Carlos I e o parlamento promoveram uma guerra civil que acabaria com a condenação à morte por decapitação do Rei e a liderança durante um curto período de Olivier Cromwell.
No meio de tantas lutas, Hobbes elabora uma teoria contratualista que, tal como o próprio nome indica, exige um acordo entre os vários membros de uma sociedade e a instauração de um Estado Positivo.

O ESTADO NATURAL

Certo dia, Hobbes, então com quarenta anos, percorria os corredores de uma biblioteca deparando-se com o livro de Euclides Elementos de Geometria. Ficou fascinado com o método lógico e a limpidez argumentativa da obra, fazendo-o adoptar para si esse mesmo método demonstrativo. Por isso, tal como nas demonstrações matemáticas, Hobbes construiu uma filosofia a partir de um axioma. O seu foi: O movimento constante é o estado natural das coisas. Obviamente que o recurso a Galileu é evidente. Em 1636, Hobbes encontrou-se com Galileu em Florença, ficando a par da teoria que advogava que  na ausência de qualquer força, um objecto continuará a deslocar-se indefinidamente em linha recta, com velocidade constante. Portanto, para Hobbes, todas as emoções e sensações humanas eram resultado do movimento.  Afinal o que é a morte senão a imobilidade que toda a pessoa procura evitar?


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