quarta-feira, 23 de março de 2011

John Locke: Contratualismo e Liberalismo - I


1.  Locke seguiu Guilherme de Orange para Inglaterra. Aí, auxiliou-o na "Gloriosa Revolução"  que afastou Jaime II, fazendo assentar a monarquia numa nova base legal, com uma Carta de Direitos e um reforço dos poderes do Parlamento. Com ideias liberais a correr-lhe nas veias,  Locke tornou-se o teorizador do novo regime. Em 1689, publicou Dois Tratados sobre o Governo Civil que se tornaram dois clássicos do pensamento liberal. Na década de 90, trabalhou na Câmara de Comércio, tendo morrido em 1704.
2. Também ele contratualista, apesar das nítidas diferenças face a Hobbes, descreve o Estado Natureza como uma situação existencial do Homem antes mesmo da sociedade política. Implica a existência de uma ordem natural que se caracteriza por ser um estado de liberdade, não de libertinagem. PORQUÊ?   Porque os seus membros estão sob a influência daquilo que lhes é mais natural.. 
3. No estado natural existe uma Lei Natural. Como  lei , vincula o ser humano a segui-la.  Decorre desta lei, a existência de direitos naturais: Liberdade, Propriedade e Vida. Qual o direito fundamental? na senda liberal, Locke advoga que o mais importante é o direito à PROPRIEDADE. A propriedade é importante por que serve de garantia à conservação da vida e esta é condição sine qua non para a existência de liberdade.



3 comentários:

  1. Caro Professor,

    Peço desculpa vir intrometer-me no seu blogue. De facto, não sou aluna na Escola Madeira Torres mas, fui sua aluna algures no longínquo ano lectivo de 2011/2012 na ESJS.
    Estou actualmente no último ano da minha licenciatura na Faculdade de Letras de Lisboa e, nestes últimos dias, lembrei-me de si pois estou precisamente a ter uma disciplina neste semestre sobre Cultura Moderna onde falámos dos velhos amigos Hobbes e Locke. Lembrei-me automaticamente das aulas do professor e não hesitei em vir procurar este blogue e espreitar as publicações. Nunca lhe cheguei a agradecer pelas suas magníficas aulas. No 11º ano, quando já não era sua aluna, fiz exame nacional de Filosofia e graças ao seu exemplo sobre o Resgate do Soldado Ryan consegui responder à pergunta sobre Stuart Mill como deve de ser. Acabei por ter 19 no exame e até hoje acho que não teria sido possível se não fosse a luzinha no meu cérebro a lembrar-se dos powerpoints do professor.
    Mais uma vez peço desculpa por ter-me feito de intrusa mas, não queria deixar de agradecer pelas suas aulas e por estes materiais que aqui disponibiliza que até hoje me são úteis.
    Obrigada :)

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    1. Boa noite, Andreia. Obrigado pelo seu comentário e pelo seu elogio. Fico igualmente contente por contribuir de alguma forma para sua formação. Se foi como a Andreia contou então já ganhei o dia. Sinto-me obviamente lisonjeado. Sempre que quiser, esteja à vontade para lhe esclarecer seja o que for. Contudo, certamente que aprenderei mais consigo do que Andreia comigo. Felicidades.

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  2. Caro Professor,

    Regresso ao seu blogue, não para esclarecer dúvidas, mas sim para partilhar um texto que escrevi sobre Kant e o papel que a Filosofia teve na minha formação enquanto pessoa.
    Achei que pudesse ter interesse em ler :)

    Fica aqui o link:
    https://www.thecuriousreader.in/essays/reading-kant/

    Mais uma vez obrigada e tudo de bom para si,
    ~ Andreia

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