sábado, 14 de setembro de 2013



As questões filosóficas costumam ser sintetizadas em quatro:


  • O que posso saber?
  • O que devo fazer?
  • Que me é permitido esperar?
  • Que é o Homem
São quatro grandes questões que, segundo Kant, abrange o campo da filosofia. A primeira acentua o conhecimento que, numa terminologia muito própria, se designa de gnosiologia, quando nos referimos ao conhecimento em geral, ou epistemologia, se as nossas preocupações se referem ao conhecimento científico. Esta distinção é puramente formal, já que o conhecimento científico é produzido na base de construção de qualquer conhecimento. Portanto, quando pergunto sobre o que posso saber, questiono a possibilidade de conhecer, a essência desse conhecer e a sua origem.

Ao conhecimento está ligado de forma indissociável o fazer. O fazer leva-nos ao conhecer, o conhecer permite-nos fazer. Porém quando fazemos algo, o horizonte do fazer encontra sempre «os outros». Tudo o que o ser humano faz implica  a existência do outro. Como consequência, «faço» de acordo com aquilo que à partida pode ser bom ou mau.O bem e o mal são dois termos que prefiguram uma coexistência entre os seres humanos. Na natureza o bem e o mal são inexistentes. São valores inscritos na existência humana que confere à ação um conteúdo ético.

Às ações juntam-se inevitáveis conceitos. Quando em tribunal se avalia a culpabilidade ou inocência de um réu, os motivos, as razões, as intenções o carácter deliberativo e decisório do agente são aspectos que um bom advogado terá que levar em consideração. Para tal, deve dominar estas noções para que se aproxime de uma ideia de Homem.

«O que é o Homem?» é a pergunta fundamental. Talvez lá para o fim do ano possamos encontrar uma resposta. Até lá vamos tentado.


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