sexta-feira, 1 de junho de 2012

O sentido da existência I


O sentido da existência



Esta matéria, como já devem ter reparado, é um pouco chata. Tal facto fica-se a dever à necessidade que vós, e todas as pessoas, tendes de pensar em coisas bem mais interessantes, como serve de exemplo saborear um belo gelado! É só um exemplo.

Efectivamente, questões como para onde vou?, O que me espera?, O que é o Homem?, qual o sentido da minha existência?, Porque estudo? Para que nos serve o que estudámos? são problemáticas que, felizmente, ainda não se encontram nas vossas reais preocupações e preferências.

Contudo, existem filósofos que pensam sobre estas coisas, muitos deles com aspectos interessantes, outros nem por isso. Vamos dar, então, início ao nosso caminho pelas problemáticas existencialistas.

Na história da filosofia existem várias posições acerca do presente tema. Fazendo um breve síntese, poderemos dizer que as tendências filosóficas que se debruçaram sobre o sentido da existência dividem-se em duas grandes orientações:



As que negam um sentido para a existência
As que admitem um sentido para a existência
Negam a existência de qualquer tipo de transcendência (algo de ultrapassa cada indivíduo, que o comanda e para o qual tende) ou mesmo de racionalidade para a existência. O ser humano é apenas um animal, aparentemente mais evoluído que os restantes que habitam o planeta, constantemente envolvido nas lutas de poder que constituem a luta pela sobrevivência, uma espécie que, devido aos acasos das mutações genéticas, às transformações planetárias e à sua própria acção, está fazendo um percurso no tempo e que perecerá (desaparecerá) quando a fonte de energia do nosso sistema planetário (o sol) se extinguir, tal como se extingue a vida de cada um dos indivíduos. A existência é, por isso, um absurdo sem qualquer espécie de sentido.
a)      Aceitam uma transcendência divina e concebem os seres humanos como criaturas de Deus, dotados de uma essência ou alma divina que os diferencia radicalmente dos restantes seres vivos. Embora a vida individual se extinga com a morte, admitem que não termina aí a sua aventura pois, sendo a alma imortal, continuará a existir após a morte. Acreditam numa vida espiritual antes e depois da morte biológica. É o caso das religiões.

b)      Embora não admitam uma transcendência divina, admitem que há uma racionalidade na História (é o caso do comunismo e marxismo). Os actos humanos, nomeadamente as formas económicas, revelam um sentido da história humana, quer realizando um ideal inerente à actividade humana (ausência de classes sociais para o comunismo), quer um realizando um ideal hedonista, de prazer e consumo (como o capitalismo). Também podem aparecer ideais de paz e harmonia.

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