A justificação de uma ideia dizendo «isso é subjectivo» é um insulto à pessoa que nos interpela porque significa o mesmo que «não me chateies». A pós-modernidade trouxe esta inovação que não é mais do que desculpas de mau pagador.
Se as ideias são subjectivas, então não há objectividade nas ideias.
As ideias são subjectivas.
Logo, não há objectividade nas ideias.
Se há subjectividade nas ideias, não é possível discutir
Há subjectividade nas ideias.
Logo, não é possível discutir.
Qual a opinião do leitor?
domingo, 31 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
cinema
Para quem gosta de filmes de suspense, vai aqui um link sugerido por uma amiga minha, Sara Gonçalves. Ok, é a preto e branco, é antigo, mas é Hitchcok... : http://www.archive.org/details/HitchcockTrailers
domingo, 24 de outubro de 2010
Argumento válidos, sólidos e cogentes
Avaliar a validade de um argumento exige que façamos a seguinte suposição: se as premissas forem verdadeiras, então a conclusão será também verdadeira.
O argumento - todos os alemães são poetas, Fernando Pessoa é poeta, logo Fernando Pessoa é alemão é inválido. A conclusão não decorre das premissas. Se as premissas fossem verdadeiras a conclusão não o seria.
O argumento Todos os alemães são poetas, Fernando Pessoas é alemão, logo Fernando Pessoa é poeta é válido. Por este motivo, quando designamos a validade devemos interessar-nos pela forma do argumento. Contudo, espero sempre que os argumentos que construo devam ser sólidos, isto é, que, além de serem válidos, devam possuir premissas verdadeiras. Mas também não nos devemos ficar por aqui. as premissas devem ser mais plausíveis - críveis, prováveis, verosímeis - do que a conclusão. Se disser aos meus pais que necessito de aumentar a semanada, devo utilizar um argumento cogente, caso contrário não consigo persuadi-lo. Assim, o argumento poderia ser válido se dissesse: Pai, preciso de uma aumento de semanada, logo preciso de um aumento de semanada. Contudo, não persuadia. O pai, certamente inteligente e possuidor de bom senso, rejeitaria o pedido.
Se dissesse que utilizo o dinheiro da semanada para comprar materiais escolares e provasse que estes sofreram uma inflação, então poderia dizer que precisava de um aumento de semanada. Além de sólido, o argumento seria persuasivo e, por isso, cogente.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Livros
Para aprofundar os temas que abordámos, apresento dois livros importantes:
John Searle, Mente Cérebro e Ciência, trad. Artur Morão, Edições 70, Lisboa, 1987. Livro muito bom, com uma linguagem muito acessível, que aborda a problemática da Acção Humana, nomeadamente as relações mente-corpo, passando pelo enquadramento actual das designadas Ciências Sociais. Interessante o argumento e tese sobre a inteligência artificial.
Anthony Weston, A Arte de Argumentar, trad. Desidério Murcho, Gradiva. É um livro que interessa ter sempre debaixo do braço. Nos tempos ultra-comunicacionais em que vivemos, é bom aprender a argumentar bem e descobrir quem argumenta mal.
John Searle, Mente Cérebro e Ciência, trad. Artur Morão, Edições 70, Lisboa, 1987. Livro muito bom, com uma linguagem muito acessível, que aborda a problemática da Acção Humana, nomeadamente as relações mente-corpo, passando pelo enquadramento actual das designadas Ciências Sociais. Interessante o argumento e tese sobre a inteligência artificial.
Anthony Weston, A Arte de Argumentar, trad. Desidério Murcho, Gradiva. É um livro que interessa ter sempre debaixo do braço. Nos tempos ultra-comunicacionais em que vivemos, é bom aprender a argumentar bem e descobrir quem argumenta mal.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Argumento
Se terminássemos por aqui o nosso estudo sobre a lógica, ficaria algo de muito importante por dizer. Quando comunicamos não usamos frases isoladas. Assim como não utilizamos conceitos isolados porque os ligamos para constituir frases, também não não utilizamos frases sem querermos constituir ideias. A esta ligação entre várias proposições, em que a última será a consequência das anteriores, designamos ARGUMENTO.
O argumento é muito importante na medida em que revela o que mais interessante existe em nós, seres humanos: gostamos de expressar ideias, mostramos a inteligência ao relacionarmos várias frases. Mas o argumento ainda se torna mais interessante se for utilizado de modo racional e não manipulador. Usar argumentos de forma racional é respeitar os nossos interlocutores, se manipulamos estamos a desrespeitá-los. Por isso podemos classificar os argumento em válidos, sólidos e cogentes.
A proposição
Estamos agora preparados para entrar na proposição. Atenção, não confundir com preposições - partículas que estabelecem ligações entre as frases. O que nos interessa aqui são as frases por inteiro. Contudo, não são todas as frases. Há frases que interessam para a lógica e há frases que, embora embelezando, têm pouca relevância para a lógica. Ora, as proposições são frases declarativas que podem ser verdadeiras ou falsas. «Está a chover» é uma proposição, assim como «o carro é amarelo» também é uma proposição. Pelo contrário, se pergunto algo, a resposta nunca poderá ser verdadeira ou falsa. Se estabeleço uma ordem, bem o melhor é o visado acatar porque não tem cabimento questionar a verdade ou a falsidade da da ordem, já para não falar nas consequências...
domingo, 3 de outubro de 2010
Definição
A Definição é classificada de vários modos (http://criticanarede.com/definicao.html), contudo o que nos vai interessar será a Definição Explícita por que nesta aplica-se o critério da necessidade e suficiência. Neste sentido, uma definição será bem conseguida se apresentar as condições necessárias e suficientes relativas a determinado conceito.
É condição suficiente ser português para ser europeu, mas não é necessário ser português para ser europeu, pode sempre ser-se inglês ou belga, ou viver em Inglaterra é condição necessária para viver em Londres, embora não seja suficiente.
Portanto, para definir e clarificar convenientemente um conceito temos de nomear as características necessárias e suficientes que cabem nesse conceito. Dizer que um gato é um mamífero é necessário, mas não é manifestamente suficiente. Mamíferos há muitos. Dizer que é um mamífero carnívoro, é necessário mas não é suficiente. Somente se disser que o gato é um mamífero carnívoro da família dos felídeos, geralmente doméstico e que destrói ratos, é que encontro as condições necessárias e suficientes para o conceito de Gato. Todas as características assentam no Gato e são, na sua soma, exclusivas dele.
Para saber mais um pouco:
Notícia de última hora:
Devo dizer que é agradável ler isto, apesar disto: http://duvida-metodica.blogspot.com/2010/10/httpwww.html
A definição
No penúltimo post descrevemos a formação de um conceito. Os conceitos são muito importantes em filosofia como em qualquer outro saber. Em Química devemos comunicar com os conceitos próprios desta ciência; assim como em Física em Biologia, etc... Como a Filosofia é uma disciplina que tem uma natureza reflexiva, o cuidado a ter com a linguagem é muito importante. Aliás, não poderemos esquecer que, apesar dos seus interesses serem transversais ao conhecimento em geral, a Filosofia possui os seus próprios conceitos que, certamente iremos aprendendo durante os próximos dois anos lectivos.
O que é importante reter é que, qualquer conversa que tenhamos, temos de ter cuidado como o rigor da linguagem. Devemos procurar aplicar no seu devido contexto os conceitos para assim promovermos uma discussão séria. Quantas vezes não ouvimos discussões que seriam evitáveis se as pessoas perguntassem antes o que estava em discussão e o que significam os conceitos? A definição ocupa, assim, uma posição de indesmentível importância.
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